Especial

Carlim - O Moleque
Carlim era um menino sem vergonha, dos mais danados que já se viu. Moleque que só ele. Ninguém o agüentava. A escola era o seu lugar ideal pra fazer bagunça. Esse bicho sem futuro infernizava a vida das pobres professoras.
Escola de 1° grau, lotada, hora do recreio, Carlim convoca seus companheiros para um pequeno delito: “Ei, mah! Bora entrar no banheiro das meninas! Bora?” Dai lá vai: aquele bando de pivete besta invadindo o WC feminino na hora do intervalo, pra tentar ver as calcinhas das pivetas. Eles entraram correndo pra agarrar as meninas e levantar as saias das coitadas. Só se ouviu foi os gritos: saaaiiiiiiii! Saaaaaai! A diretora ouviu os gritos de socorro e foi ver a comédia. Chegando lá a diretora flagrou os aprendizes-de-tarado na cena do crime e os mandou pro castigo na sala da orientadora, que por sua vez lhes deu uma advertência pra que levassem pra casa e trouxessem assinadas pelas respectivas mães no dia seguinte.
Muitas vezes o Carlim, aproveitando-se da distração de sua professora, fugia da classe e ficava perambulando nos corredores da escola em busca de outro da mesma espécie. Eles se juntavam perto de um orelhão, instalado vizinho à Diretoria, para executarem o seguinte ritual: tiravam o telefone do gancho, discavam 109, esperavam o sinal de chamada e em seguida baixavam o gancho. Segundos depois o telefone tocava de volta – triiiimmm!!! Os moleques atendiam, pois sabiam que não tinham ninguém do outro lado da linha, era só uma espécie de reflexo, e então o Carlim gritava:

- Diretora, telefone pra senhora!
Daí lá vinha a pobre da “véia lôra” atender ao telefone:
- Alô? Alô?! Alooooô! Ninguém diz nada. Quem era? Quem era que tava ligando?
O Carlim respondia:
- “Era o mudim, diretora!” E saía correndo, rindo da infeliz, que mais tarde o pegava e lhe deixava de castigo escrevendo de um até mil em algarismos romanos.

Carlim fazia molecagem com todo mundo. Vivia imitando as tias e a diretora, fazendo a galera rir. Uma vez, depois de muitas reclamações o pai dele foi chamado à escola por causa de seu mau comportamento. Quando o velho chegou lá, viu o pivete parado em frente a diretoria, com a blusa da farda amarrada na cabeça, feito um Ninja dos filmes da “Sessão da Tarde”, executando golpes de caratê no ar. O velho, que não suportava as marmotas do filho, arrancou o cinto de couro das calças e sentou uma lapada no lombo nu do infeliz gritando: Deixa de ser besta, cabra besta!!! Até eu, que num tinha nada a ver, senti aquele açoite. O miserável se contorceu todo, feito um bacurim sendo castrado. Só não fez foi gritar. O velho disse: “Engole o choro! Engole o choro, menino sem-vergóin, se não te dou outra lapada nesse teu comedor de lavagem”. E foi embora arrastando o filho pelo braço diante das perplexas professoras que nada fizeram.


2 comentários:

Anônimo disse...

ÉGUA...to rindo até agora auhauahauhauhauhauahuahauh =D~

ppp disse...

Ei cara muito bom vc esta melhorando a cada dia parabéns pelo seu blog.^^